59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

A BIÓPSIA COLPODIRIGIDA DEVERÁ SER REALIZADA NAS LESÕES DE ALTO GRAU DE COLO UTERINO?

OBJETIVO

Avaliar se a biópsia colpodirigida é necessária para aumentar a acurácia diagnóstica nas lesões intraepiteliais de colo uterino em relação a colposcopia.

MÉTODOS

Estudo retrospectivo, observacional, incluindo pacientes submetidas a colposcopia, biópsia colpodirigida e procedimento cirúrgico (cirurgia de alta frequência ou conização a frio), no período de fevereiro de 2008 a fevereiro de 2018, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Dados como número de quadrantes da lesão presentes na colposcopia, número de fragmentos retirados nas biópsias e diferenças por idade também foram analisados.

RESULTADOS

Um total de 299 mulheres foram incluídas. Foi encontrada uma acurácia de 76,25% (IC 95% 71,4-81,1) entre a colposcopia e a conização, sendo 80,5% % (IC 95% 75.7-85.3) nas lesões de maior grau. A acurácia da biópsia foi de 79,6% (IC 95% 75-84,2), sendo 84,6% (IC 95% 80-89,1) nas lesões de maior grau. Pacientes com um quadrante acometido tiveram confirmação de 76,9% nas lesões de maior grau, enquanto as com dois quadrantes acometidos apresentaram o mesmo resultado em 85% dos casos. A acurácia com a biópsia de um fragmento foi de 78% e com dois ou mais fragmentos 80%. Para mulheres menores de 40 anos, a acurácia foi de 77,6% e 80,8% para colposcopia e biópsia, respectivamente. Para mulheres acima de 40 anos ou mais, a acurácia foi de 72,5% e 76,3% para colposcopia e biópsia, respectivamente.

CONCLUSÕES

Não há diferença entre a acurácia da colposcopia, nem da biópsia colpodirigida no diagnóstico de lesões intraepiteliais cervicais em relação ao resultado final da conização. As pacientes que tiveram o maior benefício quando a biópsia não foi realizada foram aquelas que apresentaram lesão de alto grau na colposcopia e menores de 40 anos, não existindo benefício em realizar biópsia previamente à conização neste grupo de pacientes.

PALAVRA CHAVE

Neoplasia intraepitelial cervical (NIC); Biópsia colpodirigida; Conização; Câncer cervical.

Área

GINECOLOGIA - Patologia do Trato Genital Inferior

Autores

Marília Porto Bonow Faccin, Caroline Ahrens Ortolan, Rita Maira Zanine

Adicione na sua agenda: AppleGoogleOffice 365OutlookOutlook.comYahoo