Dados do Trabalho

TÍTULO

Relação entre baixo peso ao nascer e variáveis gestacionais em um município na Amazônia

OBJETIVO

Identificar a relação entre recém-nascidos vivos de baixo peso e algumas variáveis gestacionais.

MÉTODOS

Estudo descritivo e retrospectivo, com coleta de dados disponíveis na plataforma DATASUS do Ministério da Saúde acerca de recém-nascidos baixo peso no munícipio de Belém em 2019. Foram analisadas as seguintes variáveis: gestação única, idade gestacional, adequabilidade das consultas de pré-natal, faixa etária e escolaridade maternas.

RESULTADOS

Em 2019 foram declarados 27.368 nascidos vivos em Belém, dos quais 83,4% tiveram peso adequado ao nascimento (acima de 2.500 gramas), enquanto 4,7% foram considerados macrossômicos (acima de 4000 gramas) e 11,8% tiveram baixo peso ao nascer. Dos recém-nascidos de baixo peso (menos de 2500 gramas), 67,4% resultaram de gestações pré-termo, com menos de 37 semanas de idade gestacional, enquanto entre aqueles com extremo baixo peso ao nascer (menos de 1.000 gramas), 63,2% não chegou a completar 27 semanas de gestação. Cerca de 1/3 das mães de recém-nascidos baixo peso não realizou ou realizou de forma inadequada o pré-natal, com menos de 6 consultas. Dentre estas mulheres, 45,4% pertence a faixa etária de 15 a 24 anos, e cerca de 21% delas têm menos de 8 anos de escolaridade.

CONCLUSÕES

Pode-se concluir que prematuridade é um fator de risco importante para recém-nascidos de baixo peso, além da não realização de pré-natal de forma adequada, onde poderiam ser identificadas precocemente comorbidades ou outros fatores de risco gestacionais para restrição de crescimento ou ganho de peso inadequado no período intrauterino. Além disso, mães adolescentes e mulheres jovens e com baixa escolaridade têm risco aumentado de gerarem recém-nascidos de baixo peso, sendo necessário realizar políticas públicas voltadas para essas mulheres, a fim de prevenir esta importante causa relacionada a mortalidade infantil.