59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

Tratamento de vaginismo: uma revisão sistemática

OBJETIVO

Descrever, por meio de revisão de literatura, os tratamentos disponíveis para mulheres com vaginismo.

FONTE DE DADOS

Busca na base de dados Pubmed, no mesmo de junho de 2021, utilizando os descritores “vaginismus” AND “treatment”. Como critérios de inclusão, selecionaram-se estudos de ensaios clínicos publicados entre 2011 e 2021. Como limitação do estudo, tem-se poucos ensaios clínicos publicados acerca da temática.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Foram encontrados 8 estudos, dois quais 5 foram selecionados por atenderem integralmente aos critérios de inclusão - tratar exclusivamente de tratamento do vaginismo. 3 estudos foram excluídos por tratarem de estudos de prevalência de vaginismo ou de disfunções do assoalho pélvico.

COLETA DE DADOS

Foram lidos integralmente os 10 estudos encontrados após a busca na base de dados. Para seleção, foram discutidos quais estudos tratam exclusivamente de tratamentos significativamente eficazes para o mulheres com vaginismo.

SÍNTESE DE DADOS

Os resultados foram obtidos a partir da análise dos resultados dos artigos selecionados. Um estudo comparou a fisioterapia dos músculos do assoalho pélvico com o emprego de toxinas botulínicas na melhora do vaginismo primário, obtendo um resultado mais positivo para o primeiro tratamento. Outro examinou a provocação de associações afetivas e de ameaça diante de estímulos sexuais em mulheres com vaginismo. Por conseguinte, ele realizou um tratamento de exposição guiado por um terapeuta, relatando que os estímulos sexuais despertam medo deliberado e associações afetivas positivas menos globais, bem como o tratamento referido mitiga esse medo e fortalece essa associação. Um terceiro estudo investigou se a mudança na percepção da penetração conduz ao resultado do tratamento de exposição auxiliado por um terapeuta, confirmou a hipótese e apontou a redução da crença de penetração de dor catastrófica como principal mudança. Um quarto estudo averiguou a eficácia da já citada exposição e constatou a melhora clínica dos sintomas característicos do vaginismo. O quinto estudo promoveu virtualmente sessões sobre psicoeducação e exercícios de relaxamento para 35 mulheres com vaginismo, observando uma diferença não significativa entre os grupos em relação ao número de relações sexuais.

CONCLUSÕES

A fisioterapia pélvica e a exposição a estímulos sexuais auxiliada e guiada por um terapeuta se mostram tratamentos eficazes para o vaginismo. Contudo, novos estudos são necessários para avaliar tratamentos e uso integrado deles, a fim de garantir a plena saúde sexual de mulheres.

PALAVRA-CHAVE

Saúde Sexual; Vaginismo; Sexualidade; Saúde da Mulher.

Área

GINECOLOGIA - Sexualidade

Autores

Gean Scherer da Silva, Priscila Tausendreund, Cesar Augusto Neumann Ribeiro, Cleia Maria de Castro Santos Cruz

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