59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

PARTICIPAÇÃO DO POLIMORFISMO DO PAI-1 NAS PERDAS FETAIS PRECOCES E TARDIAS

OBJETIVO

Avaliar a importância da mutação gene PAI-1 (polimorfismo) nos desfechos fetais desfavoráveis - aborto e perda fetal.

FONTE DE DADOS

Para a realização da revisão sistemática, utilizaram-se como fonte de dados as bibliotecas PubMed, Medline, Lilacs, Cochrane e SciELO e como palavras-chave em português PAI-1; inibidor do plasminogênio, morte fetal, aborto e crescimento intrauterino restrito. Em inglês, pesquisou-se PAI-1; fetal death, abortium, pregnancy loss, miscarriage e PAI-1 mutation.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

A partir das fontes de dados citadas, selecionaram-se 60 estudos nos últimos 10 anos que se encaixaram na pesquisa inicial, no período de 2011-2021.
A seguir, excluiram-se aqueles que não descreveram a metodologia (tipo de estudo, característica da amostra, critérios de inclusão e exclusão), bem como aqueles que não tinham como desfecho (aborto, crescimento intrauterino restrito (CIUR) ou morte fetal intraútero) aqueles abordados nessa revisão.

COLETA DE DADOS

A partir dos estudos selecionados pesquisou-se nos estudos os dados disponíveis, como, trombofilias associadas, histórico de perdas fetais precoces e tardias.

SÍNTESE DE DADOS

O Inibidor do Ativador do Plasminogênio do Tipo 1 (PAI-1) é uma protease codificada pelo gene SERPINE 1, que está localizado no cromossomo 7, desempenhando papel no sistema fibrinolítico.

Na gestação, o PAI-1 é capaz de controlar a invasão trofoblástica, processo essencial para a ocorrência da implantação embrionária e da placentação. O citotrofoblasto extraviloso, uma das células que forma o trofoblasto, invade e atinge o endométrio através da degradação de matriz extracelular, diferenciando-se em trofoblasto extraviloso intersticial, que remodelará o endométrio uterino e em trofoblasto vascular, que remodelará as artérias uterinas espiraladas.

A atividade sérica do PAi-1 está associada ao polimorfismo do gene (inserção/deleção 4G/5G da região promotora do gene), sendo assim a homozigose 4G/4G leva a um aumento acentuado dos níveis de PAI-1, relacionando-se a baixa fibrinólise, manutenção de coágulo e degradação da matriz extracelular do trofoblasto nas gestantes.

Ao inibir a degradação da matriz extracelular necessária ao remodelamento tecidual, o PAI-1 interfere na invasão trofoblástica, podendo determinar uma série de complicações para a gravidez e desfechos desfavoráveis, como, perda fetal, aborto e déficit de crescimento fetal.

CONCLUSÕES

O polimorfismo do PAI-1 deve ser considerado em perdas fetais precoces e tardias ou em qualquer patologia cujo mecanismo é a invasão trofoblástica deficiente.

PALAVRA-CHAVE

aborto, perda fetal, morte fetal, PAI-1

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de Alto Risco

Autores

ISABELLE REIS DALDEGAN, LAURA ALCÂNTARA DAMIANSE, LAILA MONTEIRO MACHADO, MARCELA RODRIGUES MACHADO, CAROLINE SOUZA SILVA, JULIANA BARROSO ZIMMERMMANN

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