Dados do Trabalho
TÍTULO
PREVALÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA EM RECÉM-NASCIDOS DE MÃE COM SÍFILIS GESTACIONAL ATENDIDAS EM UMA MATERNIDADE DE RISCO HABITUAL NA AMAZÔNIA OCIDENTAL NO ANO DE 2020.
OBJETIVO
Avaliar a prevalência dos casos de sífilis congênita nos recém-nascidos de mães com sífilis na gestação não tratada e/ou tratada inadequadamente atendidas em uma maternidade da Amazônia Ocidental. A sífilis na gestação quando não tratada pode infectar o feto em qualquer fase da gestação, sendo mais intensa no terceiro trimestre da gravidez.
MÉTODOS
Estudo transversal dos dados coletados na base estatística da maternidade. Observou-se no Brasil o aumento nas incidências tanto de sífilis, quanto de sífilis na gestação e congênita, indicando uma reemergência da infecção no país
RESULTADOS
Foi realizado o levantamento dos dados no período de janeiro a dezembro/2020, onde foram realizados 3.231(100%) partos, desses 110(3,4%) parturientes apresentaram sífilis gestacional não tratada e/ou tratada inadequadamente, seus recém-nascidos realizaram exame do sangue do cordão, sorologia para lues (VDRL), testando positivos os 110(100%). Todos os acometidos foram tratados com antibióticoterapia (penicilina cristalina), a nível hospitalar, recebendo alta após o 10º dia de tratamento. A taxa de transmissão fetal é inversamente proporcional ao tempo da doença materna, quanto mais recente a infecção mais grave será o comprometimento fetal, podendo levar ao óbito fetal, aborto, prematuridade e sequelas graves ao nascimento, como surdez, cegueira e retardo mental.
CONCLUSÕES
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), curável, causada pelo Treponema pallidum. Sua incidência diminuiu após a descoberta da penicilina em 1940. Apesar dos protocolos e disponibilidade da penicilina durante o pré-natal nas unidades básicas de saúde, ainda há dificuldade em diagnosticar, manejar corretamente a doença e realizar o tratamento do parceiro. Sendo necessário para o enfrentamento da sífilis na gestação e consequentemente a diminuição da sífilis congênita e de seus agravos, ocorra melhoraria na qualidade da assistência prestada durante o pré-natal na atenção básica. Com esse estudo podemos concluir que as taxas de sífilis congênita ainda existentes no Brasil, são um reflexo da falta de cuidado adequado com a saúde da gestante e da população como um todo, fazendo da sífilis um grave problema de saúde pública que necessita de políticas de controle, prevenção e erradicação sérias e eficazes.
PALAVRA CHAVE
Sífilis na gestação, Sífilis congênita, prevalência sífilis
Área
OBSTETRÍCIA - Epidemiologia
Autores
Michelle Farias Costa Lima, Maria da Conceição Ribeiro Simões