59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

NEOPLASIA MALIGNA DO COLO DO ÚTERO: ANÁLISE DA MORTALIDADE HOSPITALAR NO BRASIL NA ÚLTIMA DÉCADA

OBJETIVO

Embora seja uma neoplasia de crescimento lento, o câncer de colo uterino é considerado um fator importante de morbimortalidade em mulheres brasileiras. Dado a sua importância, busca-se analisar a mortalidade por neoplasia do colo do útero de pacientes em ambiente hospitalar nos períodos de 2010 a 2019 de acordo com a distribuição geográfica dos casos.

MÉTODOS

Estudo descritivo e retrospectivo sobre a mortalidade hospitalar por neoplasia maligna de colo de útero no Brasil nos anos de 2010 a 2019. Os dados foram obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). As variáveis utilizadas foram óbitos, unidade de federação, sexo, faixa etária, estado civil e raça. Não foi necessário aprovação do Comitê de Ética, pois trata-se de um estudo de banco de dados público.

RESULTADOS

A partir dos dados coletados, constatou-se, no Brasil, um total de 40.737 óbitos por neoplasia maligna do colo do útero no período analisado. As regiões com maiores números de óbitos foram a região Sudeste com (36,2%) e Nordeste (27,57%). A região Centro-Oeste apresentou o menor número de óbitos entre as regiões, com 8,21%. As regiões Sul e Norte tiveram uma ™ de 15,3% e 12,69%, respectivamente. A faixa etária com maior mortalidade foi entre 50 a 59 anos, representando 26,47% do número total. Em seguida, entre 40 a 49 anos (23,96%) e 60 a 69 anos (21,85%). A faixa etária com menor número de óbitos foi entre as jovens menores de 30 anos, com 1.369 óbitos notificados no Brasil na última década, correspondendo a 3,36% do número total de óbitos. Ademais, 10,69% dos óbitos acometeram indivíduos de 70 a 74 anos de idade e 15,65% os indivíduos entre 30 a 39 anos. Do total de óbitos, houve uma predominância no estado civil solteiro (37,86%) em comparação ao casado (30,3%). Em relação a raça, as mortes predominaram entre indivíduos de raça parda (45,4%) em relação a brancos (41,77%) e negros (8,07%). Indígenas apresentaram o menor número de óbitos (0,4%).

CONCLUSÕES

A neoplasia maligna do colo do útero, na última década, foi a causa de 40.737 óbitos em ambiente hospitalar em todo território nacional e a região com o maior número foi a Sudeste. Pacientes do sexo feminino e com maior idade, principalmente acima de 50 anos, foram as mais acometidas, indo de encontro com as estatísticas mundiais.

PALAVRA CHAVE

Neoplasia maligna do colo do útero; Epidemiologia; Mortalidade

Área

OBSTETRÍCIA - Doenças Infecciosas

Autores

Bruna Zanatta de Freitas, Adriana Büchner, Ana Paula Vedana Marin, Eduardo Cattapan Piovesan, Elisa Albuquerque Gay, Francisco Costa Beber Lemanski, Gabriela Kohl Hammacher, Silvane Nenê Portela

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