59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

PERCEPÇÃO DE MÉDICOS OBSTETRAS ACERCA DO ABORTAMENTO LEGAL

OBJETIVO

Objetivo geral: Observar a percepção de médicos especialistas sobre o abortamento legal.
Objetivos específicos: Avaliar o nível de conhecimento médico a respeito da legislação de abortamento legal vigente no Brasil. Analisar as posturas de médicos especialistas dentro do contexto de serviços de emergências obstétricas de uma capital do Brasil.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo de corte transversal, quantitativo, descritivo e observacional realizado com médicos obstetras de serviços terciários de um estado do Brasil. Os critérios de inclusão foram: médicos especialistas em Obstetrícia, que aceitarem responder a pesquisa, e que atendem em serviços de emergência obstétrica. E critérios de exclusão: médicos de outras especialidades ou não especialistas em Ginecologia / Obstetrícia ou que não atuem em serviços de emergência obstétrica. As variáveis pesquisadas incluem: percepção dos médicos sobre o tema proposto, qual o impacto prático do seu posicionamento sobre o tema, tempo de formação profissional, e se teve alguma orientação sobre a nova lei, e o nível de conhecimento sobre a legislação do aborto no Brasil. Foi desenvolvido um questionário no Google forms e os resultados submetidos a uma análise estatística, utilizando o teste quiquadrado e exato de fischer, a partir do programa IBM SPSS STATISTICS versão 22.

RESULTADOS

A pesquisa contou com a participação de 21 médicos que preenchiam os critérios de inclusão. A idade dos participantes variou de 26 a 69 anos, com média de 28 anos. Quanto ao gênero , 66,7% (14) eram do sexo feminino e 33,3% (7) do sexo masculino. O tempo de formação profissional variou de 3 a 40 anos. No total de 57,1% (12) informaram que nunca receberam ou participaram de atividade instrutiva sobre o tema de aborto legal e 90.5% (19) reconheciam a indicação em caso de estupro, 76,1% (16) em caso de risco de morte para a mulher e 85,7% em caso de anencefalia. Com relação aos pré- requisitos para o aborto legal 61,9% (13) reconheciam que a palavra da vítima era suficiente. Quanto aos serviços de referência 9,5% (2) não sabia informar ou desconhecia.

CONCLUSÕES

Observamos a necessidade de melhorar o conhecimento sobre o tema entre os especialistas e durante a formação médica. Divulgação e atualizações também são necessárias, para um atendimento de qualidade para as mulheres que necessitam do serviço. A objeção de consciência é um questionamento individualizado e considerado, na formação de equipes, nas instituições de referência.

PALAVRA CHAVE

Abortamento, Aborto legal, Objeção de consciência, Aborto previsto em lei.

Área

GINECOLOGIA - Multidisciplinar

Autores

Ronaldo Almeida Libório Jr, Maria Giovana Queiroz de Lima, Alessandra Encarnação de Moares, Patrícia Leite Brito

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