59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

PREVENÇÃO DE GRAVIDEZ INDESEJADA E USO DA CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA ENTRE ACADÊMICOS DE MEDICINA

OBJETIVO

Avaliar a utilização de métodos contraceptivos de rotina, a utilização da contracepção de emergência (CE) e as situações motivadoras do uso deste medicamento, entre graduandos do curso de medicina.

MÉTODOS

Realizou-se estudo de corte transversal, observacional entre graduandos de Medicina, no segundo semestre de 2020. Foram avaliadas características sociodemográficas, métodos contraceptivos utilizados de rotina, uso da CE, avaliação dos fatores motivacionais e a ocorrência de possíveis efeitos colaterais do seu uso. Aplicou-se um questionário anônimo, online, com questões de múltipla escolha e abertas. Análise estatística: Foi realizada análise exploratória de dados através de medidas de resumo e construção de gráficos e tabelas.

RESULTADOS

Respondeu ao questionário 485 estudantes, sendo a maioria do sexo feminino, solteira, com média etária de 22,6 anos. Apesar de 88,9% dos entrevistados terem iniciado a vida sexual, 36,9% não utilizava nenhuma prevenção para uma possível gravidez indesejada e 18% utilizavam apenas métodos comportamentais. Dentre as usuárias de contracepção rotineira, os meios hormonais, seguidos de preservativos, foram os mais mencionados. Todos os alunos disseram já ter ouvido falar sobre a CE, porém, 10,7% desconheciam o tempo preconizado para sua utilização, após uma relação sexual desprotegida e 26,6% não sabiam que a medicação deve ser administrada novamente, caso ocorra vômitos até 2 horas da sua ingestão. Em relação ao uso da CE, 46,9% das alunas, sexualmente ativas, disseram ter feito uso deste método, ao menos uma vez nos últimos 6 meses, destas, 46,3% justificou seu uso ao medo de uma gravidez indesejada e 22,6% pela não utilização de métodos contraceptivos prévios ao ato sexual. A principal fonte de informação sobre esta medicação, foram obtidas através de amigos para 40,5% dos alunos, seguido de profissionais de saúde por 22,9% e das mídias sociais por 21,2% .A ocorrência de efeitos colaterais ocorreu entre 24,6% das usuárias da CE, sendo a presença de náusea referido por 59,1% destas, seguido de cefaléia por 59,1%.

CONCLUSÕES

A maioria dos alunos de medicina já iniciaram atividade sexual, porém, existe uma parcela que não utiliza nenhum método contraceptivo. Apesar do conhecimento sobre a CE e seus efeitos adversos, existe um comportamento de risco para a ocorrência de uma possível gravidez indesejada.

PALAVRA CHAVE

Contracepção de emergência, pílula do dia seguinte, gravidez indesejada.

Área

GINECOLOGIA - Contracepção

Autores

Debora Alessandra de Castro Gomes, Vitória Carlos Piassa

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