Dados do Trabalho
TÍTULO
ACADÊMICOS DA ÁREA DA SAÚDE, SUAS PERCEPÇÕES E CUIDADOS COM A INFECÇÃO PELO PAPILOMAVIRUS HUMANO
OBJETIVO
Avaliar a percepção e cuidados com a infecção pelo papilomavirus humano (HPV), entre universitários de diferentes áreas da saúde.
MÉTODOS
Realizou-se um estudo de corte transversal observacional com 709 graduandos de medicina, enfermagem, odontologia e farmácia, no segundo semestre de 2020. Foram avaliadas características sociodemográficas, conhecimento sobre o HPV, estado vacinal dos participantes, presença de possíveis barreiras para este método de prevenção e a realização de exames preventivos. Aplicou-se um questionário de forma anônima, online, com questões de múltipla escolha e abertas. Análise estatística: Foi realizada análise exploratória de dados através de medidas de resumo e construção de gráficos e tabelas.
RESULTADOS
A maioria era do sexo feminino, tinha entre 17 e 25 anos e não estavam em um relacionamento permanente. Cerca de 90% dos participantes, em todos os grupos, reconheciam tratar-se de uma infecção sexualmente transmissível, podendo ocasionar alterações na citologia oncológica do colo uterino e ser fator de risco para o câncer de colo uterino e verrugas genitais. Porém, apenas 82,5 % dos estudantes de odontologia, 79,5% de medicina, 73,5% de enfermagem e 68% de farmácia relacionaram ao câncer de orofaringe. Apesar de 90% referir conhecimento sobre a vacina contra o HPV, o esquema vacinal correto, era desconhecido pela maioria, sendo, 38,3% dos alunos de medicina os que mais sabiam. Em relação ao estado vacinal, 49,5% disseram ter recebido a vacina contra o HPV, sendo que 86% era do sexo feminino e a maioria do curso de medicina. Uma das principais barreiras referidas para a baixa adesão vacinal foi a crença dela poder estimular o início da vida sexual, assim como o abandono do uso de preservativo. Houve o relato da realização de colpocitologia oncológica há menos de 2 anos, por 90,8% das entrevistadas, com indicação para sua coleta. As alterações mais encontradas foram neoplasia intraepitelial cervical (NIC1) e lesão Intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL), porém, foi mencionado, também, a ocorrência de células escamosas atípicas de significado incerto (ASC-H).
CONCLUSÕES
O conhecimento básico da infecção pelo HPV e a existência de uma vacina, entre os estudantes de saúde foi alto. Porém, a adesão vacinal, ainda encontra barreiras, mesmo em uma população acadêmica. Por outro lado, o rastreio do câncer de colo uterino, é realizado pela maioria das alunas.
PALAVRA CHAVE
HPV, vacina,neoplasia, prevenção
Área
GINECOLOGIA - Doenças Sexualmente Transmissíveis
Autores
Debora Alessandra de Castro Gomes, Letícia Mansur Wiazowski, Monique Almeida Barotti