59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

Radiofrequência e Fisioterapia na Incontinência Urinária de Esforço: Estudo Clínico Randomizado

OBJETIVO

A primeira linha de tratamento da incontinência urinária de esforço (IUE) é o treinamento dos músculos do assolho pélvico (TMAP), porém os equipamentos de energia como a radiofrequência (RF) têm sido estudados como alternativa para este tratamento. O objetivo foi comparar o efeito da RF, TMAP e da associação das técnicas nos sintomas urinários, vaginais e sexuais em mulheres climatéricas com IUE.

MÉTODOS

Ensaio clínico randomizado, prospectivo e controlado, cego para o investigador, aprovado pelo comitê de ética e REBEC, entre março de 2019 e dezembro de 2020. Foram incluídas 117 mulheres com queixa de IUE entre 45 e 65 anos. Foram randomizadas em 3 grupos: RF (3 aplicações mensais de RF microablativa fracionada intravaginal), TMAP (12 sessões semanais) e RF+TMAP simultaneamente. A avaliação dos sintomas urinários foi realizada pelo International Consultation on Incontinence Questionnaire Urinary Incontinence-Short Form (ICIQ-SF) e pad-test de 1 hora; a avaliação vaginal pelo International Consultation on Incontinence Questionnaire Urinary Incontinence-Vaginal Symptoms (ICIQ-VS) e Vaginal Health index (VHI); os sintomas sexuais pelo Índice de Função Sexual Feminina (IFSF). Todas as avaliações foram realizadas pré, 1 e 6 meses após tratamento. A estatística foi realizada pelos teste de Wilcoxon e ANOVA por intenção de tratar.

RESULTADOS

Os grupos foram semelhantes nas características sociodemográficas. Os grupos mostraram melhora nos sintomas urinários avaliados pelo ICIQ-SF em 1 e 6 meses após os tratamentos, porém o grupo RF+TMAP teve melhora superior (p=0,002).Os três grupos mostraram melhora do pad-test em 1 e 6 meses (p<0,001), sem diferença entre eles (p=0,891). Os sintomas vaginais apresentaram melhora em todos os grupos de tratamento, mas o grupo RF+TMAP foi superior (p=0,016). O trofismo vaginal pelo VHI obteve melhora somente no grupo da RF e RF+TMAP (p<0,001). Não houve diferença no acompanhamento de 1 e 6 meses nos sintomas urinários (p=0.509), vaginais (p=0.105) e de trofismo (p=0.057). A função sexual teve melhora somente no grupo de RF(p=0.001) com 1 mês de seguimento.

CONCLUSÕES

RF e fisioterapia isoladas foram efetivas no tratamento da IUE em mulheres climatéricas, porém a melhora dos sintomas urinários e vaginais foi superior na associação das duas técnicas (RF+TMAP). A melhora dos sintomas urinários e vaginais se mantiveram em 6 meses de acompanhamento, mas não houve manutenção da melhora dos sintomas sexuais.

PALAVRA CHAVE

Atrofia vulvovaginal; Função sexual; Incontinência urinária; Radiofrequência; Síndrome Genitourinária da Menopausa; Sintomas vaginais;

Área

GINECOLOGIA - Uroginecologia

Autores

Helena Slongo, Cássio Luís Zanettini Riccetto , Anna Lygia Barbosa Lunardi, Cássia Raquel Teatin Juliato

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