59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

Perfil obstétrico de mulheres internadas em maternidades de referência do estado da Paraíba

OBJETIVO

O conhecimento acerca das características gestacionais e do parto são de fundamental importância para possibilitar a melhor assistência materno-infantil possível. Dessa forma, o intuito do estudo em questão é traçar o perfil obstétrico de mulheres internadas em Unidades de Terapia Intensiva de maternidades de referência do estado da Paraíba.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo exploratório descritivo, de abordagem quantitativa. Os dados empregados no respectivo estudo foram obtidos a partir do registro de prontuários de 818 gestantes e puérperas, as quais foram admitidas em Unidades de Terapia Intensiva de maternidades de referência do estado da Paraíba nos anos de 2016 à 2019. Os registros foram notificados no sistema de dados da Rede Cuidar. Para esse estudo foram analisadas as variáveis: Tipo de Gravidez, Número de consultas pré-natal já realizadas, Paridade, Idade gestacional em semanas, Como se deu o início do trabalho de parto e Desfecho do parto. A análise de dados foi feito por estatística descritiva simples por meio do software Excel.

RESULTADOS

No período determinado, em relação à gestação, cerca de 92,7% (n= 759 ) das gestantes analisadas apresentaram tipo de gravidez única. Em relação à paridade, 24,44 %(N=200) se apresentavam na segunda gestação e 23,5% (n=193) eram primíparas. Quanto aos dados relacionados ao pré-natal, foi observado que 39,5% (n= 322) não fizeram acompanhamento pré- natal, sendo a mediana entre as gestantes que realizaram de três consultas de pré-natal realizadas. Ademais, a média da idade gestacional entre essas mulheres, em número de semanas, foi de 29,73 semanas. Além disso, 42,9% (N=351) das gestantes tiveram como desfecho da gravidez a cesárea, sendo 87,1 %(n=306) dessas cesáreas de emergência.

CONCLUSÕES

Conclui-se, com base nos dados apresentados, que uma quantidade significativa das gestantes internadas não realizou o acompanhamento pré-natal adequado. Outrossim, ressalta-se que a média de idade gestacional foi de menos de 30 semanas, e cerca de trezentas e seis gestantes realizaram cesáreas de emergência, resultando em bebês prematuros extremos. De acordo com as informações, com a persistência das desigualdades na assistência pré-natal, melhorias são necessárias objetivando a reversão dos indicadores perinatais desfavoráveis observados no estado da Paraíba. Sendo assim, este público necessita de estratégias que visem facilitar o ingresso precoce no pré-natal e o contato com os serviços de saúde para garantir a realização de cuidados efetivos em saúde.

PALAVRA CHAVE

Perfil de Saúde; Gestação de alto risco

Área

OBSTETRÍCIA - Epidemiologia

Autores

Júlia De Melo Nunes, Maysa Ramos de Lima, Raquel Veloso Do Nascimento, Ana Quezia Bezerra de Holanda Sousa, Jaylane Da Silva Santos, Thaíza Cavalcante De Lacerda, Lídia Dayse Araújo De Souza, Viviane Meneghetti Ugulino Azevedo Isidro

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