Dados do Trabalho
TÍTULO
PERFIL DE INTERNAÇÃO E MORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA DE MAMA EM MULHERES PERNAMBUCANAS
OBJETIVO
PERFIL DE INTERNAÇÃO E MORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA DE MAMA EM MULHERES PERNAMBUCANAS
MÉTODOS
Foi realizado um estudo descritivo, quantitativo, que avaliou as internações, procedimentos e óbitos por neoplasia maligna de mama (CID 10 – C50), no período de 2000 a 2016, registrados nos Sistemas de Informações Hospitalares (SIH), Ambulatoriais (SIA) e sobre Mortalidade (SIM). Foram calculadas taxas padronizadas de internação e mortalidade, frequências absolutas, relativas e coeficiente de variação proporcional. Para análise temporal foi realizada a análise de tendência linear, cujas decisões foram tomadas considerando-se o nível de significância estatística de 5,0%. O presente estudo foi desenvolvido respeitando-se os parâmetros bioéticos da resolução n° 466/2012 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
RESULTADOS
No período estudado, foram registradas no SIH, 30.895 internações por câncer de mama em Pernambuco, sendo 98,6% de residentes do estado e 98,1% do sexo feminino. A taxa padronizada de internação apresentou crescimento médio mensal de 3,7 óbitos por 100.000 mulheres. Os grupos de 40-49 e 50-59 anos foram os que apresentaram maiores taxas de internação. Mais de 90,0% das internações aconteceram na I Regional de Saúde. As internações custaram mais de 37 milhões de reais, com o crescimento do valor médio de cada internação. Em relação aos óbitos, observou-se um registro de 8.871 óbitos por câncer de mama no estado. Do total, 98,9% ocorreram no sexo feminino. A taxa padronizada de mortalidade apresentou crescimento médio anual de 13,1 óbitos por 100.000 mulheres. Houve um aumento da idade no momento do óbito, que ficava na faixa de 50-59 anos e, já em 2016, passa para 60-69 anos. Os óbitos foram responsáveis por um total de 109.370 Anos Potenciais de Vida Perdidos, dos quais 99,4% ocorreram nas mulheres.
CONCLUSÕES
Percebe-se o aumento das taxas de internação e mortalidade por câncer de mama no estado de Pernambuco, padrões que confirmam o complexo perfil epidemiológico, que associa às doenças do atraso, a presença das doenças da modernidade. Os custos ao sistema, também aumentaram ao longo do tempo, fruto do aumento das internações. Além disso, a maioria dos procedimentos realizados no estado concentram-se na Capital, implicando na necessidade de afastamento de suas regiões de residência.
PALAVRA CHAVE
Câncer de mama; Pernambuco; Internação; Mortalidade
Área
GINECOLOGIA - Epidemiologia
Autores
José Reginaldo Alves Queiroz Júnior, Milena Rodrigues Melo Vila Real, Marina Pessoa Paiva, Cláudia Porto Sabino Pinho Ramiro, Márcia Silva Oliveira, Agostinho Sousa Machado Júnior