Dados do Trabalho
TÍTULO
Sífilis Gestacional: um panorama dos últimos 9 anos na Bahia.
OBJETIVO
Descrever a incidência de Sífilis Gestacional e Congênita e avaliar as taxas de detecções de ambas na Bahia entre 2012 e 2020.
MÉTODOS
Estudo realizado com dados agregados do tipo série temporal, cujas informações foram colhidas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Variáveis estudadas: número de casos de Sífilis Gestacional por ano de notificação, período gestacional do diagnóstico e número de casos de Sífilis Congênita por ano de notificação. Para a taxa de detecção da sífilis gestacional (TDSG), utilizou-se o número de casos de sífilis detectados em gestantes dividindo-se pelo número total de nascidos vivos e multiplicado por mil. A taxa de incidência de casos de sífilis congênita (TISC) foi realizada dividindo-se número de casos novos da doença em menores de um ano de idade pelo número de nascidos vivos e multiplicado por mil. Foi realizada a razão detecção-incidência (RDI) dividindo-se TDSG pela TISC.
RESULTADOS
Em 2019 em relação a 2012 houve um aumento da razão da TDSG de 3,9 e da TISC de 2,1. Observou-se que em 2020 em relação a 2019 uma redução de 63,2% do número de casos de Sífilis Gestacional, e uma redução de 67% de número de casos Sífilis Congênita. Verificou-se uma importante variação das RDI (1,9-3,4) entre 2012 e 2019.
CONCLUSÕES
Por fim, este estudo revela um aumento não proporcional da TDSG em relação a TISC bem com sua razão, indicando uma possível melhoria da cobertura do atendimento pré-natal, rastreamento e tratamento da sífilis gestacional. Todavia, aponta o acompanhamento inadequado das consultas de rotina resultando em um diagnóstico tardio.
PALAVRA CHAVE
sífilis gestacional, sífilis congênita, pré-natal.
Área
OBSTETRÍCIA - Epidemiologia
Autores
Danilo Társio Mota Brito, Carolina Torres Almeida, Mauricio Mota Carneiro, Maria Karenina Nascimento Machado