59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

Gravidez na adolescência: uma análise descritiva de partos de nascidos vivos no Norte do Brasil

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é analisar os dados dos nascidos vivos de mães adolescentes, na região norte do Brasil entre os anos de 2009 a 2019, e as suas características gestacionais.

MÉTODOS

Trata-se de estudo de análise descritiva, transversal, quantitativo utilizando dados secundários coletados no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) – DataSUS. Foram aplicados filtros referentes a idade da mãe, abrangendo de 10 a 19 anos, e a região geográfica, sendo selecionada a região norte. A partir daí, foram extraídas as informações de interesse do estudo: duração da gestação, tipo de gravidez, tipo de parto e quantidade de consultas de pré-natal realizadas durante a gestação. Foram, então, aferidas as frequências absolutas das características gestacionais da população.

RESULTADOS

Na região norte, o total de partos de nascidos vivos de mães adolescentes foi de 871.916. Com relação a duração da gestação, 79% (691.088) durou de 37 a 41 semanas, enquanto 108.476 (12%) foram considerados prematuros, com duração da gestação abaixo de 37 semanas. Destas, 631 (0,07%) duraram menos de 22 semanas, 4.674 (0,53%) de 22 a 27 semanas, 10.529 (1,20%) de 28 a 31 semanas e 92.642 (10,6%) com gestação durando de 32 a 36 semanas. Quanto ao tipo de parto, 565.846 (64,8%) ocorreram por via vaginal, enquanto 304.736 (34,9%) foram cesarianas. Em relação ao tipo de gravidez, 861.811 (98,8%) foram gestações únicas, enquanto 8.661 (0,99%) eram gestações duplas, e 72 (0,008%) eram triplas. Quanto a informação “quantidade de consultas de pré-natal”, 39.936 (4,5%) das gestantes não realizaram nenhuma consulta de pré-natal; 151.827 (17%) realizaram de 1 a 3 consultas; 367.676 (42,1%) realizaram de 4 a 6 consultas; 304.596 (34,9%) realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal.

CONCLUSÕES

A análise dos dados permite inferir que ainda há um alto número de gestações na adolescência no norte do Brasil e, observa-se também, que esta faixa etária conta com índices elevados de baixo número de consultas de pré-natal, assim como uma elevada incidência de prematuridade.

PALAVRA CHAVE

Gravidez na adolescência; Nascidos vivos; Epidemiologia.

Área

OBSTETRÍCIA - Epidemiologia

Autores

Yanka Rafaela Da Costa Neto Vieira , Daniele Socorro de Brito Souza Paiva , Bruna Silva de Melo, Georgia Helena dos Santos Tamer , Amanda Maues Ramos , Victória Moreira Gomes , Ângela Maria Longen

Adicione na sua agenda: AppleGoogleOffice 365OutlookOutlook.comYahoo