59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

MOLA HIDATIFORME PARCIAL: UM RELATO DE CASO

CONTEXTO

A Doença Trofoblástica Gestacional é uma anomalia proliferativa que acomete as células que compõem o tecido trofoblástico placentário, a saber, cito e sinciciotrofoblasto. Pode ser classificada como Mola Hidatiforme Completa, Mola Hidatiforme Parcial, Mola Hidatiforme Invasora, Coriocarcinoma, Tumor Trofoblástico do Sítio Placentário e Tumor Trofoblástico Epitelioide. As quatro últimas constituem a Neoplasia Trofoblástica Gestacional, sendo que na maioria das vezes a Neoplasia Trofoblástica Gestacional tem se origina da Mola Hidatiforme.

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

K.D.S.F, 24 anos, primigesta, idade gestacional de 23 semanas e 4 dias, com hipertensão gestacional, encaminhada ao centro obstétrico do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro em Porto Velho/RO, devido polidrâmnio identificado em ultrassonografia obstétrica na unidade encaminhadora, contendo na descrição achados compatíveis com atresia de esôfago, dilatação piélica bilateral, polidramnia, peso fetal 741 gramas e placenta espessada com múltiplas formações císticas esparsas difusamente. Durante internação, foram identificados pré-eclâmpsia e hiperêmese de difícil controle, sendo devidamente manejados. A gestante evoluiu para parto vaginal após 7 dias da admissão, com dequitação parcial da placenta, sendo evidenciado a presença de vesículas na mesma. Paciente foi encaminhada para curetagem, sendo solicitado hormônio gonadotrofina coriônica humana quantitativo e iniciado condutas referentes à gestação molar. Em análise histopatológica de placenta (via primeira curetagem), foi evidenciado: Mola Hidatiforme Parcial. Durante a internação foi realizado hemotransfusão e nova curetagem 5 dias após o parto vaginal. Alta médica ocorreu com 14 dias de internação hospitalar, apresentando decaimento de Beta-HCG e com encaminhamento para seguimento em ambulatório especializado de gestação molar. Concepto sobreviveu em leito de UTI apenas por 2 dias. Atualmente, paciente mantem acompanhamento em ambulatório especializado apresentando curva descendente do Beta-HCG.

COMENTÁRIOS

Este relato de caso reforça a necessidade do diagnóstico precoce da mola hidatiforme, não apenas por exames complementares, mas também pela clínica da paciente. Além disso, deve-se ter um olhar atento aos achados ultrassonográficos, mesmo diante de uma gestação tópica uterina.

PALAVRA CHAVE

Mola Hidatiforme parcial; Doença Trofoblástica Gestacional; diagnóstico precoce

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de Alto Risco

Autores

Joridalma Graziela Rocha Rossi E Silva, Rita de Cássia Alves Ferreira Silva, Ariane Velasco Machado, Ana Carolina Mendes Coelho Ramos

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