59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

Óbito fetal: Prevalência, causas e condições associadas a casos assistidos no Agreste Pernambucano

OBJETIVO

Classificar os óbitos fetais assistidos, entre 2009 e 2018, no hospital de referência a gestações de alto risco na cidade de Caruaru-PE de acordo com os sistemas Relevant Condition at Death (ReCoDe) e Causes of Death and Associated Conditions (CODAC).

MÉTODOS

Estudo multicêntrico, documental, tendo como amostra os prontuários de todas as mulheres cujas gestações findaram em óbito fetal e que foram assistidas no hospital entre 01/01/2009 e 31/12/2018. Todos os casos de óbito fetal (gestação ≥20 semanas, ou peso ≥500g, ou estatura ≥25 cm) foram incluídos e não se aplicaram critérios de exclusão. Nível de significância foi estabelecido em 5%; as variáveis foram comparadas pelo teste qui quadrado ou teste T de Student. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do (parecer de número 4.195.170).

RESULTADOS

Foram revisados 229 prontuários de mulheres atendidas nos anos de 2016 a 2018, até o momento. Os dados foram adicionados à plataforma eletrônica RedCap e analisados por meio do Excel. 86% das mulheres eram pardas, 59% solteiras, com média de 27 anos de idade. 35% tiveram indução do trabalho de parto e 74% foram partos vaginais normais. Sobre os fetos, 52% eram do sexo masculino e a média de pesos foi de 2.133kg, sendo 46,7% dos óbitos tardios, com média de 237 dias de idade gestacional. Pelo ReCoDe, cerca de 29% dos óbitos fetais foram considerados inespecíficos (grupo I), 27% foram associados a causas maternas (grupo F), 17% fetais (grupo A), 12% placentárias (grupo C), 6% de líquido amniótico (grupo D), 3% de cordão umbilical (grupo B), 3% uterinas (grupo E), 3% intraparto (grupo G) e nenhuma causa traumática (grupo H). De acordo com o CODAC, 34,5% dos óbitos foram classificados como de causa inespecífica, sendo 65,8% por falta de documentação.

CONCLUSÕES

A taxa de óbitos fetais com causas inespecíficas ainda é elevada com os sistemas ReCoDe e CODAC, mas é menor comparada à taxa geral da Declaração de Óbito (43,23%). Assim, o estudo conseguirá compilar dados relevantes para a Saúde Pública das cidades atendidas pelo hospital. Esses dados serão apresentados aos Comitês de Vigilância do Óbito Fetal, permitindo a identificação de prioridades na formulação de políticas públicas, monitoramento e assistência ao binômio materno-infantil.

PALAVRA CHAVE

Óbito fetal, gestação de alto risco, causa indeterminada, classificação de óbito

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de Alto Risco

Autores

Debora Farias Batista Leite, GIOVANNA CECILIA FREITAS ALVES DE ARRUDA, GABRIELA SOUZA ALVES, JOELLE VILLANOVA BEZERRA MOREIRA

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