Dados do Trabalho
TÍTULO
ANÁLISE QUANTITATIVA DAS INTERNAÇÕES EM URGÊNCIA POR ENDOMETRIOSE NAS REGIÕES BRASILEIRAS DE 2016 A 2021.
OBJETIVO
Descrever quantitativamente o número de internações em caráter de urgência de mulheres internadas por endometriose. Além disso, determinar a prevalência desses casos ao longo do período determinado.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo transversal, observacional, quantitativo e descritivo, obtido por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), em sua plataforma, o TABNET. As categorias por ordem de seleção incluem "Epidemiológicas e Morbidade", "Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS)" e "Geral, por local de internação a partir de 2008". Para a coleta dos dados foram selecionados respectivamente para a linha, coluna e conteúdo - região, ano/mês processamento e internações. Logo após em "Região" e "Unidade de Federação" foram selecionadas todas as categorias, "caráter de atendimento" sendo urgência, "Regime" sendo o público e privado, "lista morbidade CID-10 " - endometriose, a "faixa etária 1 e 2" abrangeu dos 15 aos 49 anos. O sexo selecionado foi o feminino e na categoria de cor/raça, todas foram consideradas. O período analisado foi de maio de 2021 a junho de 2016.
RESULTADOS
Ocorreram 11.083 internações de urgência por endometriose nos últimos 5 anos. Dentre esses anos analisados, o período de 2017 a 2016 foi o que apresentou a maior número de mulheres enfermas, com 2.783 internações o que corresponde a 25,11% do total. Por outro lado, de 2021 a 2020 foi o ano com o menor número de internações (1.766 casos), o que vale a 15,93% dos leitos de internação. Em relação às regiões, em todos os anos o Sudeste e Nordeste lideraram com os maiores números e o Centro-Oeste com o menor, contudo, se for observado o acometimento na proporção por habitantes, o Nordeste é a região com mais casos. Observa-se uma redução da incidência, sobretudo, de 2021 a 2016, o qual encontram-se uma diminuição de 36,5% dos casos de forma gradual, mas que é bastante significativo do ponto de vista epidemiológico.
CONCLUSÕES
O estudo demonstra um decréscimo do número de internações por endometriose e de sua prevalência entre os anos de 2016 a 2021. Contudo, apesar dessa redução, é essencial a necessidade de cuidados voltados a essas mulheres, para que decresça o tipo de caráter desses atendimentos. Por isso, torna-se fundamental, o fortalecimento de políticas públicas, com ênfase em diagnóstico e tratamento da endometriose, principalmente na rede pública.
PALAVRA CHAVE
Endometriose; Epidemiologia; Internações.
Área
GINECOLOGIA - Epidemiologia
Autores
Andressa Layane Lopes de Souza Rêgo, Carlos Augusto Pires Costa Lino, Caio Nogueira Lessa, Francisco Alírio da Silva, Ana Priscila Franca Correia