59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

ESTUDO DE PREVALÊNCIA DAS HESPATITES VIRAIS ENTRE TRAVESTIS E MULHERES TRANSEXUAIS NA CIDADE DE MANAUS.

OBJETIVO

Estimar a prevalência e fatores associados especificamente às infecções causadas pelos vírus da hepatite A, B e C entre travestis e mulheres trans (TrMT) da cidade de Manaus – Amazonas.

MÉTODOS

Esta pesquisa é parte do estudo ISTRANS - Prevalência da Sífilis e Outras Infecções Sexualmente Transmissíveis Entre Travestis e Mulheres Transexuais no Brasil: Cuidado e Prevenção, que visa constituir uma rede de pesquisa sobre IST nessa população em cinco capitais localizadas em cada uma das macrorregiões do Brasil: São Paulo (Sudeste), Porto Alegre (Sul), Salvador (Nordeste), Campo Grande (Centro-Oeste), e Manaus (Norte). As participantes compareceram ao local da pesquisa, mediante agendamento de data e horário mais convenientes, onde foram realizadas as coletas de material biológico para os testes de sífilis e outras IST.

RESULTADOS

No período de Novembro de 2020 a Abril de 2021, houve inscrição de 314 participantes no estudo, desses 9,1% (31 participantes) eram menores de 20 anos, 141 (41,5%) estavam entre 20 a 29 anos de idade, 153 (45%) tinham entre 30 a 39 anos de idade, e 15 (4,4%) se encontravam na faixa etária de 50 a 67 anos. Dentre as variadas infecções sexualmente transmissíveis, o presente estudo atrelou observar as taxas de hepatite viral entre os participantes, a qual obteve 8 casos dos 340 inscritos confirmados com Hepatite B (HVB) diagnosticados por Teste rápido (TR) , representando 2,35% do total da população estudada. Como também, mostrou 6 casos positivados para Hepatite C (HVC), também por testagem rápida, representando 1,7% do amostra populacional. Essas taxas mostraram-se numericamente baixas, mas compatíveis com outros estudos internacionais, como um estudo transversal realizado em Montevidéu no Uruguai, encontraram uma prevalência de HBsAg de 3,0% e de infecção global pelo vírus da hepatite B (HBV) de 50,5% em mulheres trans profissionais do sexo.

CONCLUSÕES

A prevalência da doença estudada dentro de Manaus entre a população de estudo escolhida está nos padrões encontrados na literatura, o que revela potencialidade de subnotificação como a maioria das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) e seus agravos não tratados dentre a amostra de escolha para estudos.

PALAVRA CHAVE

Hepatites virais, Infecções Sexualmente Transmissíveis, transexuais, travestis, prevenção.

Área

GINECOLOGIA - Doenças Sexualmente Transmissíveis

Autores

Sara Nilcilene Litaiff, KEVIN BYRON FERREIRA URIONA, Dária Barroso Serrão das Neves

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