59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

Comparação entre a taxa de complicações e o risco estimado pela calculadora do American College para histerectomia laparoscópica

OBJETIVO

Objetivos: Avaliar a prevalência de complicações pós operatórias de pacientes submetidas à histerectomia via laparoscópica no Hospital Universitário e comparar com o risco pré operatório estimado pela calculadora da American College of Surgeons (ACS NSQIP).



MÉTODOS

Métodos: Estudo observacional, longitudinal e retrospectivo. Foram incluídas mulheres submetidas à histerectomia via laparoscopia em um hospital universitário, entre março de 2017 a março de 2020. A calculadora da ACS NSQIP estima risco baseado em características físicas e comorbidades da paciente para as complicações: complicações graves, infecção de ferida operatória, infecção do trato urinário, sepse, reabordagem cirúrgica, trombose, insuficiência cardíaca, pneumonia, complicações cardíacas, insuficiência renal e morte. Além disso, também estima o risco de reinternação e tempo de internação. Os dados utilizados foram coletados dos prontuários eletrônicos para o cálculo do risco de complicações da calculadora da ACS NSQIP e os dados pós operatórios. Após a coleta de dados, foi comparado o risco estimado pela calculadora da ACS NSQIP com o desfecho pós cirúrgico das pacientes do Setor de Endoscopia. A análise foi realizada através do teste não paramétrico de Mann-Whitney, uma vez que a suposição de normalidade dos dados não pôde ser confirmada.

RESULTADOS

Resultados: Foram incluídas 47 pacientes no estudo. Os maiores riscos foram observados para: complicações graves (média 3,76%), infecção trato urinário (média 2,28%), reinternação (média de 2,32%) e infecção de FO (média 1,96%). Demais riscos ficaram abaixo de 1%. Tempo previsto de internação foi estimado em 0,5 até 1,5 dias, média de 0,84 dias. Em nenhum momento foi observado relação estatística significante entre o risco estimado e o risco real, porém o número de pacientes que apresentaram complicações foi bastante reduzido (7 pacientes com complicações e 39 sem), prejudicando a análise.

CONCLUSÕES

Conclusões: Em nosso serviço foi observado um pequeno número de complicações pós operatórias nas histerectomias por laparoscopias, com isso, não foi possível uma adequada comparação entre o risco estimado pela calculadora e as complicações reais. No entanto, também mostra que temos uma baixa taxa de complicações neste tipo de procedimento. Além disso, a calculadora do ACS risk não é específica para procedimentos ginecológicos e pode estimar o risco cirúrgico inadvertidamente, sendo assim, calculadoras específicas para cirurgias ginecológicas são necessárias.

PALAVRA CHAVE

Complicações cirúrgicas, Laparoscopia Ginecológica, Histerectomia

Área

GINECOLOGIA - Endoscopia Ginecológica

Autores

KARINA PERES SILVA, Carla Ferreira Kikuchi, José Maria Cordeiro Ruano, Marair Gracio Ferreira Sartori

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